sábado, 19 de janeiro de 2013

O que é alfabetizar letrando?

Ao longo dos anos a alfabetização tem sido alvo de inúmeras controvérsias teóricas e metodológicas, exigindo que a escola e, os educadores se posicionem em relação às mesmas, construindo suas práticas a partir do que está sendo discutido no meio acadêmico e transposto para a sala de aula a partir de suas reinterpretações e do que é possível e pertinente ser feito.

Essas mudanças nas práticas de ensino podem ocorrer tanto nas definições dos conteúdos a serem desenvolvidos quanto na natureza da organização do trabalho pedagógico.

Hoje o desafio maior é “Como alfabetizar letrando”?

A palavra letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa Literacy “condição de ser letrado”.

Assim, letramento é o estado ou a condição de quem responde adequadamente às demandas sociais pelo uso amplo e diferenciado da leitura e da escrita. 
De acordo com Soares (2003), alfabetização e letramento são processos distintos, de natureza essencialmente diferente, porém, são interdependentes e indissociáveis, pois uma pessoa pode ser alfabetizada e não ser letrada ou ser letrada e não ser alfabetizada.
Na concepção atual, a alfabetização não precede o letramento, os dois processos podem ser vistos como simultâneos, entendendo que no conceito de alfabetização estaria compreendido o de letramento e vice-versa.

Isto será possível se a alfabetização for entendida além da aprendizagem grafofônica e que em letramento inclui-se a aprendizagem do sistema de escrita. A conveniência da existência dos dois termos, que embora designem processos interdependentes, indissociáveis e simultâneos, são processos de natureza diferente, uma vez que envolve habilidades e competências específicas, implicando, com isso, formas diferenciadas de aprendizagem e em conseqüência, métodos e procedimentos diferenciados de ensino.

Assim, a participação das crianças em experiências variadas com leitura e escrita, conhecimento e interação com diferentes tipos e gêneros de material, a habilidade de codificação e decodificação da língua escrita, o conhecimento e reconhecimento dos processos de tradução da fala sonora para a forma gráfica da escrita implica numa importante revisão dos procedimentos e métodos para o ensino, uma vez que cada fase desse processo exige procedimentos e métodos diferenciados, pois cada criança e cada grupo de crianças necessitam de formas diferenciadas na ação pedagógica.
fonte:  http://meuartigo.brasilescola.com/pedagogia/os-desafios-alfabetizar-letrando.htm





NOTÍCIAS SOBRE O PACTO

1ª Semana de Formação de Orientadores de Estudos do pólo Juiz de fora (MG)

Aconteceu em dezembro de 2012 (de 10 a 14), no pólo Juiz de Fora, a primeira semana de formação de orientadores de estudo.
Além de várias palestras, durante a formação foram esclarecidas várias dúvidas. Veja algumas: 

- Professor contratado pode fazer a capacitação?” Se ele estiver no censo de 2012 e assumir uma turma de alfabetização ou multisseriada em 2013.

- Pedagogas podem participar da capacitação? Sim, como OE. Como cursista não (pois deverá desenvolver atividades em sua turma)
- Quando as turmas de cursistas iniciarão? Em fevereiro de 2013.
- Qual o valor da bolsa dos Orientadores de Estudos? Serão 10 parcelas de R$775,00.
- Qual o valor da bolsa dos professores alfabatizadores? Serão 10 parcelas de R$200,00.
Em fevereiro acontecerá o primeiro encontro entre Orientadores de Estudos e Professores  Alfabetizadores.

 






PACTO, o que é?

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC)

É um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.

Ao aderir ao Pacto, os entes governamentais se comprometem a:
I – alfabetizar todas as crianças em língua portuguesa e em matemática;
II – realizar avaliações anuais universais, aplicadas pelo INEP, junto aos concluintes do 3º ano do ensino fundamental;
III – no caso dos estados, apoiar os municípios que tenham aderido às Ações do Pacto, para sua efetiva implementação.

O Brasil tem hoje 8 milhões de crianças de 6, 7 e 8 anos de idade matriculadas em 108 mil escolas distribuídas por todo o território.
De acordo com o ministério, os dados do Censo 2010 revelam que a média nacional de crianças não alfabetizadas aos oito anos no País é de 15,2%. No entanto, os índices variam muito. Por exemplo, enquanto o Paraná tem 4,9%, Alagoas atinge 35%.

Para garantir que os alunos sejam alfabetizados até 8 anos de idade, os professores alfabetizadores do 1º, 2º e 3º anos farão um curso de formação. Este curso será presencial, com duração de dois anos – carga horária de 120 horas anuais, de acordo com o Programa Pró-Letramento.
Quem comandará os encontros entre os docentes serão os orientadores de estudo. Esses orientadores, que são professores das redes de ensino, terão de fazer um curso específico de 200 horas anuais em universidades públicas que participam do pacto.

Para auxiliar os professores alfabetizadores nesta empreitada serão fornecidos materiais didáticos: livros didáticos, manuais do professor, obras pedagógicas complementares e acervos de dicionários de língua portuguesa que serão oferecidos por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). As obras de referência de literatura e de pesquisa serão entregues pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). Também haverá jogos pedagógicos de apoio à alfabetização; obras de apoio pedagógico aos docentes e tecnologias educacionais de apoio.

Para avaliar o desempenho dos alunos, o  Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) terá duas frentes de avaliação:

1 - Avaliação permanente e formativa: O Curso de Formação Continuada dos Professores alfabetizadores prevê, na Unidade 1, planejamento de estratégias de avaliação permanente do desenvolvimento das crianças, com a construção, pelos professores, de instrumentos de avaliação e de registro de aprendizagem. Com base nos dados analisados por meio dos instrumentos de avaliação, os professores serão auxiliados na tarefa de planejar situações didáticas que favoreçam as aprendizagens.

Será aplicada também, no início e final do 2º ano, a Provinha Brasil, com o objetivo de diagnosticar, por meio de instrumento sistematizado, quais conhecimentos sobre o sistema alfabético de escrita e quais habilidades de leitura as crianças dominam. A aplicação e análise dos dados serão realizadas pelos próprios professores.

2 - Avaliação diagnóstica e externa: No final do 3º ano será aplicada, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), uma avaliação externa anual para checagem de todo o percurso de aprendizagem do aluno.

O Pacto terá uma duração de 2 anos de formação totalizando uma carga horaría de 240h de estudos para os professores, sendo que em 2013 a formação será direncionada para Lingua Portuguesa e em 2014 para Matemática.

fonte: http://pacto.mec.gov.br/index.html







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